quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Quero o direito de ser eu

Hoje eu li um texto muito interessante que fala da cultura que faz a felicidade parecer obrigatória. Perdemos o direito de ficar tristes! Assim como perdemos o direito de termos o peso para o qual nosso corpo foi projetado, em contraposição aos corpos megérrimos e sarados da tv, do cinema e dos anúncios. Perdemos também o direito de ter o cabelo encaracolado, quando nos mesmos meios da mídia só quem tem cabelo liso se dá bem. Perdemos o direito ao silêncio, falado ou escrito. Hoje nos conectamos mais com pessoas que nunca vemos, ou que nunca vimos, do que com as pessoas que estão ao nosso lado!
Sendo assim, inicio uma campanha para obter novamente meus direitos:
1. Se eu estou triste, quero o direito de chorar e fazer o que for preciso para me recuperar sem ouvir que "eu tenho que ficar bem, logo" (olha a urgência!)
2. Eu sou gordinha sim. E sou linda assim! Se eu tenho ou não que perder peso, por causa da minha saúde, eu o farei no ritmo que meu corpo permitir e não com a urgência que as capas de revistas anunciam.
3. Meu cabelo é enrolado sim, e fica lindo deste jeito. Se eu faço uma escova, não é para fingir que ele é liso, é para poder ser diferente até a próxima lavagem , ou a próxima chuva...
4. Se eu estou em silêncio, ou há tempos não dou notícias, ou ainda quero ficar só com meus pensamentos, meus livros , meus filmes ou meus programas de TV (sim, eu tenho o direito de gostar de ver TV também), não quer dizer que eu não me importo com meus amigos e minha família. Quer dizer apenas que estou querendo este silêncio e estas companhias.
5. Eu adoro meus amigos virtuais. E sim, eu fiz verdadeiro amigos pela internet. Mas sinto imensa falta de estar junto, ao lado, rindo, conversando falando bobagem, contando piada... Ao Vivo e em cores!
Pra finalizar conquistar estes direitos será uma tarefa e tanto, mas aceito quem quiser fazer parte desta jornada. E nem precisa ser exatamente comigo. Comece sendo gentil, com todos que encontrar. Obrigada, por favor, com licença, e até me desculpe, quando necessário, faz tudo e todos à sua volta mais felizes e leves.
Seja como eu ou você formos, somos especiais justamente por sermos criaturas tão parecidas e tão diferentes.

Pense nisso. E se achar por bem, passe adiante.